A Importância da Adequação à LGPD e do Investimento em Cibersegurança: Um Compromisso de Todos

Vivemos na era dos dados: uma nova responsabilidade para organizações públicas e privadas

Todos os dias, uma quantidade gigantesca de informações circula em ambientes digitais: nomes, endereços, CPF, prontuários médicos, dados financeiros, preferências de consumo. Seja em órgãos públicos, autarquias, hospitais, escolas ou empresas privadas, o tratamento de dados pessoais tornou-se uma atividade central.

Nesse cenário, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD - Lei nº 13.709/2018) surge como um marco regulatório essencial para disciplinar como as organizações devem coletar, armazenar, processar e compartilhar esses dados.

A LGPD consagra direitos fundamentais dos titulares, como o direito à informação, à correção, ao acesso e à exclusão de seus dados, além de estabelecer deveres claros para quem os trata.

Assim, adequar-se à LGPD é um imperativo legal, ético e estratégico, que fortalece a confiança entre cidadãos, consumidores e instituições.

A quem a LGPD se aplica?

A LGPD abrange todo e qualquer tratamento de dados pessoais, realizado por pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, independentemente do porte, do faturamento ou do segmento de atuação.

Portanto, estão abrangidos:

Órgãos públicos: prefeituras, secretarias, fundações, escolas, unidades de saúde, entre outros.

Autarquias: institutos de previdência, agências reguladoras, conselhos profissionais.

Empresas privadas: indústrias, comércios, startups, bancos, clínicas, instituições educacionais e muitas outras.

É um erro pensar que a LGPD se aplica apenas a grandes empresas ou a setores de tecnologia. Ao contrário, todas as organizações que tratam dados pessoais, ainda que minimamente, precisam estar em conformidade.

Por que investir na adequação à LGPD?

  1. Evitar sanções legais
    A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já está plenamente operacional e pode aplicar penalidades como advertências, multas de até 2% do faturamento anual (limitadas a R$ 50 milhões por infração), bloqueio ou eliminação de dados pessoais, entre outras medidas.

  2. Proteger a reputação
    Mais do que multas, o maior prejuízo para uma organização pode ser o dano reputacional decorrente de vazamentos de dados, perda de confiança e processos judiciais movidos por titulares ou pelo Ministério Público.

  3. Aumentar a eficiência operacional
    A adequação à LGPD implica revisar processos internos, melhorar fluxos de trabalho e adotar políticas claras de segurança, resultando em maior organização, eficiência e governança.

  4. Fortalecer a relação com clientes e cidadãos
    Privacidade e segurança tornaram-se valores essenciais. Instituições que demonstram respeito à privacidade conquistam confiança e lealdade de seus públicos.

Por que a cibersegurança é indispensável?

A LGPD e a cibersegurança caminham juntas. Não basta redigir políticas ou nomear um Encarregado de Dados (DPO) — é preciso garantir tecnicamente a segurança dos dados tratados.

Sem um investimento consistente em segurança cibernética, a organização estará vulnerável a:

🚨 Vazamentos de dados: por ataques externos ou falhas internas.
🚨 Sequestro de sistemas (ransomware): em que criminosos exigem resgate para desbloquear informações.
🚨 Fraudes financeiras e operacionais: como falsificação de documentos, roubo de identidade, fraudes em licitações.
🚨 Perda irreversível de informações: causada por falhas técnicas, desastres naturais ou erros humanos.

Segundo o relatório da IBM Security de 2024, o custo médio de uma violação de dados no Brasil ultrapassa R$ 6 milhões, valor que pode ser devastador especialmente para pequenas organizações públicas e empresas de menor porte.

Como integrar a proteção de dados e a cibersegurança?

1. Diagnóstico completo de riscos e vulnerabilidades

Antes de qualquer medida, é essencial identificar quais dados são tratados, onde estão armazenados, quem tem acesso e quais os pontos de vulnerabilidade.

2. Políticas e procedimentos claros

Instituir políticas internas de segurança da informação, termos de confidencialidade, e procedimentos para o exercício dos direitos dos titulares.

3. Medidas técnicas de proteção

  • Criptografia de dados sensíveis;

  • Controle de acessos e privilégios;

  • Monitoramento contínuo de redes e sistemas;

  • Backup e recuperação de desastres;

  • Atualização constante de sistemas e softwares.

4. Treinamento e conscientização

Os colaboradores são a primeira linha de defesa. Por isso, investir em programas de capacitação sobre proteção de dados e boas práticas de segurança é fundamental.

5. Plano de resposta a incidentes

Ter processos definidos para detectar, conter, comunicar e remediar incidentes de segurança, conforme exige o artigo 48 da LGPD.

O papel das lideranças e da alta gestão

Não basta que a equipe de TI ou o jurídico conheçam a LGPD: é imprescindível o engajamento da alta direção.

Presidentes, secretários, prefeitos, diretores — todos precisam entender que a proteção de dados e a cibersegurança são questões estratégicas, diretamente relacionadas à continuidade do negócio, à credibilidade institucional e à proteção dos direitos fundamentais.

O que a AGEPD oferece para apoiar sua organização?

Na AGEPD, somos especialistas em projetos de adequação à LGPD e implementação de estratégias de cibersegurança.

Oferecemos:

🛡️ Diagnósticos personalizados: mapeamos processos, sistemas e riscos específicos de sua organização.

🛡️ Consultoria jurídica e técnica integrada: elaboramos documentos legais, políticas internas e orientamos na adoção de medidas técnicas.

🛡️ Treinamentos especializados: capacitação prática para servidores públicos, colaboradores e gestores.

🛡️ Implementação de soluções tecnológicas: apoio na escolha e configuração de ferramentas de segurança, como firewalls, antivírus corporativos, SSO, DLP, entre outros.

🛡️ Suporte na gestão de incidentes: planos de resposta, testes e simulações de crises.

Conclusão: proteger dados é proteger pessoas e organizações

A adequação à LGPD e o fortalecimento da cibersegurança não são mais diferenciais competitivos: são condições essenciais para a sustentabilidade e a credibilidade de qualquer organização.

Proteger dados significa proteger a privacidade, a dignidade e a segurança das pessoas.

E, ao mesmo tempo, significa proteger a própria organização contra riscos legais, operacionais e reputacionais.

Não deixe a sua instituição vulnerável. Comece hoje mesmo a sua jornada de conformidade e segurança com quem entende do assunto.

Conte com a AGEPD.

Marcelo Oliveira
Especialista em Segurança da Informação e Proteção de Dados
AGEPD – Excelência em Proteção de Dados e Cibersegurança

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