Marcelo Oliveira Marcelo Oliveira

A Importância da Adequação à LGPD e do Investimento em Cibersegurança: Um Compromisso de Todos

Uma nova responsabilidade para organizações públicas e privadas

Vivemos na era dos dados: uma nova responsabilidade para organizações públicas e privadas

Todos os dias, uma quantidade gigantesca de informações circula em ambientes digitais: nomes, endereços, CPF, prontuários médicos, dados financeiros, preferências de consumo. Seja em órgãos públicos, autarquias, hospitais, escolas ou empresas privadas, o tratamento de dados pessoais tornou-se uma atividade central.

Nesse cenário, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD - Lei nº 13.709/2018) surge como um marco regulatório essencial para disciplinar como as organizações devem coletar, armazenar, processar e compartilhar esses dados.

A LGPD consagra direitos fundamentais dos titulares, como o direito à informação, à correção, ao acesso e à exclusão de seus dados, além de estabelecer deveres claros para quem os trata.

Assim, adequar-se à LGPD é um imperativo legal, ético e estratégico, que fortalece a confiança entre cidadãos, consumidores e instituições.

A quem a LGPD se aplica?

A LGPD abrange todo e qualquer tratamento de dados pessoais, realizado por pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, independentemente do porte, do faturamento ou do segmento de atuação.

Portanto, estão abrangidos:

Órgãos públicos: prefeituras, secretarias, fundações, escolas, unidades de saúde, entre outros.

Autarquias: institutos de previdência, agências reguladoras, conselhos profissionais.

Empresas privadas: indústrias, comércios, startups, bancos, clínicas, instituições educacionais e muitas outras.

É um erro pensar que a LGPD se aplica apenas a grandes empresas ou a setores de tecnologia. Ao contrário, todas as organizações que tratam dados pessoais, ainda que minimamente, precisam estar em conformidade.

Por que investir na adequação à LGPD?

  1. Evitar sanções legais
    A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) já está plenamente operacional e pode aplicar penalidades como advertências, multas de até 2% do faturamento anual (limitadas a R$ 50 milhões por infração), bloqueio ou eliminação de dados pessoais, entre outras medidas.

  2. Proteger a reputação
    Mais do que multas, o maior prejuízo para uma organização pode ser o dano reputacional decorrente de vazamentos de dados, perda de confiança e processos judiciais movidos por titulares ou pelo Ministério Público.

  3. Aumentar a eficiência operacional
    A adequação à LGPD implica revisar processos internos, melhorar fluxos de trabalho e adotar políticas claras de segurança, resultando em maior organização, eficiência e governança.

  4. Fortalecer a relação com clientes e cidadãos
    Privacidade e segurança tornaram-se valores essenciais. Instituições que demonstram respeito à privacidade conquistam confiança e lealdade de seus públicos.

Por que a cibersegurança é indispensável?

A LGPD e a cibersegurança caminham juntas. Não basta redigir políticas ou nomear um Encarregado de Dados (DPO) — é preciso garantir tecnicamente a segurança dos dados tratados.

Sem um investimento consistente em segurança cibernética, a organização estará vulnerável a:

🚨 Vazamentos de dados: por ataques externos ou falhas internas.
🚨 Sequestro de sistemas (ransomware): em que criminosos exigem resgate para desbloquear informações.
🚨 Fraudes financeiras e operacionais: como falsificação de documentos, roubo de identidade, fraudes em licitações.
🚨 Perda irreversível de informações: causada por falhas técnicas, desastres naturais ou erros humanos.

Segundo o relatório da IBM Security de 2024, o custo médio de uma violação de dados no Brasil ultrapassa R$ 6 milhões, valor que pode ser devastador especialmente para pequenas organizações públicas e empresas de menor porte.

Como integrar a proteção de dados e a cibersegurança?

1. Diagnóstico completo de riscos e vulnerabilidades

Antes de qualquer medida, é essencial identificar quais dados são tratados, onde estão armazenados, quem tem acesso e quais os pontos de vulnerabilidade.

2. Políticas e procedimentos claros

Instituir políticas internas de segurança da informação, termos de confidencialidade, e procedimentos para o exercício dos direitos dos titulares.

3. Medidas técnicas de proteção

  • Criptografia de dados sensíveis;

  • Controle de acessos e privilégios;

  • Monitoramento contínuo de redes e sistemas;

  • Backup e recuperação de desastres;

  • Atualização constante de sistemas e softwares.

4. Treinamento e conscientização

Os colaboradores são a primeira linha de defesa. Por isso, investir em programas de capacitação sobre proteção de dados e boas práticas de segurança é fundamental.

5. Plano de resposta a incidentes

Ter processos definidos para detectar, conter, comunicar e remediar incidentes de segurança, conforme exige o artigo 48 da LGPD.

O papel das lideranças e da alta gestão

Não basta que a equipe de TI ou o jurídico conheçam a LGPD: é imprescindível o engajamento da alta direção.

Presidentes, secretários, prefeitos, diretores — todos precisam entender que a proteção de dados e a cibersegurança são questões estratégicas, diretamente relacionadas à continuidade do negócio, à credibilidade institucional e à proteção dos direitos fundamentais.

O que a AGEPD oferece para apoiar sua organização?

Na AGEPD, somos especialistas em projetos de adequação à LGPD e implementação de estratégias de cibersegurança.

Oferecemos:

🛡️ Diagnósticos personalizados: mapeamos processos, sistemas e riscos específicos de sua organização.

🛡️ Consultoria jurídica e técnica integrada: elaboramos documentos legais, políticas internas e orientamos na adoção de medidas técnicas.

🛡️ Treinamentos especializados: capacitação prática para servidores públicos, colaboradores e gestores.

🛡️ Implementação de soluções tecnológicas: apoio na escolha e configuração de ferramentas de segurança, como firewalls, antivírus corporativos, SSO, DLP, entre outros.

🛡️ Suporte na gestão de incidentes: planos de resposta, testes e simulações de crises.

Conclusão: proteger dados é proteger pessoas e organizações

A adequação à LGPD e o fortalecimento da cibersegurança não são mais diferenciais competitivos: são condições essenciais para a sustentabilidade e a credibilidade de qualquer organização.

Proteger dados significa proteger a privacidade, a dignidade e a segurança das pessoas.

E, ao mesmo tempo, significa proteger a própria organização contra riscos legais, operacionais e reputacionais.

Não deixe a sua instituição vulnerável. Comece hoje mesmo a sua jornada de conformidade e segurança com quem entende do assunto.

Conte com a AGEPD.

Marcelo Oliveira
Especialista em Segurança da Informação e Proteção de Dados
AGEPD – Excelência em Proteção de Dados e Cibersegurança

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Cibersegurança: Mitos e Verdades Sobre a Proteção Digital

Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD - Lei nº 13.709/2018)

Vivemos em um mundo cada vez mais conectado, onde nossas informações pessoais, profissionais e financeiras trafegam por redes que muitas vezes desconhecemos. Nesse contexto, cresce também a preocupação com a cibersegurança, ou seja, com as práticas e tecnologias que protegem sistemas e dados contra ameaças digitais. Porém, junto com a preocupação, surgem muitos mitos que podem confundir, desinformar e até comprometer a segurança.

Neste artigo, desmistificamos algumas das principais crenças sobre cibersegurança e destacamos verdades que precisam ser reconhecidas por todos — profissionais, empresas e cidadãos.

Mito 1: "Minha empresa é pequena, ninguém vai querer me atacar"

Essa é uma das falácias mais perigosas no universo da segurança digital. Muitos acreditam que apenas grandes corporações são alvos de cibercriminosos, mas a realidade é outra. Segundo relatórios recentes, pequenas e médias empresas são alvos frequentes justamente pela falta de investimento em segurança.

Verdade: Qualquer empresa ou indivíduo conectado à internet pode ser um alvo, especialmente para ataques automatizados, como phishing, ransomware e engenharia social. Não se trata de "se" será atacado, mas de "quando" e "como" você estará preparado.

Mito 2: "Antivírus resolve todos os problemas de segurança"

Embora sejam ferramentas essenciais, antivírus sozinhos não são suficientes para garantir uma proteção robusta. A evolução das ameaças exige abordagens mais abrangentes.

Verdade: A segurança digital deve ser pensada em múltiplas camadas: firewall, criptografia, autenticação multifator (MFA), backups frequentes e, principalmente, conscientização das pessoas que utilizam os sistemas. O fator humano continua sendo a principal porta de entrada para ataques.

Mito 3: "Senhas fortes são suficientes"

Criar senhas complexas e únicas é, sem dúvida, uma boa prática. No entanto, sozinhas, elas não garantem segurança total, especialmente frente ao avanço das técnicas de quebra de senha e vazamento de credenciais.

Verdade: A combinação de senhas fortes com autenticação multifator é hoje uma das práticas mais recomendadas. Além disso, utilizar gerenciadores de senhas facilita a criação e o armazenamento seguro desses dados.

Mito 4: "Backup é só para quem tem medo de perder arquivos"

Muitos ainda veem o backup como algo secundário, quando, na verdade, é uma das principais defesas contra ataques cibernéticos, especialmente o ransomware, que sequestra dados e exige pagamento para devolvê-los.

Verdade: Ter políticas de backup periódicas, testadas e isoladas da rede principal é essencial. Um bom plano de continuidade de negócios depende diretamente de uma estratégia de backup eficiente.

Mito 5: "Se eu não clicar em links estranhos, estou seguro"

Embora seja fundamental evitar links suspeitos, essa prática isolada não garante total segurança. Existem inúmeras outras formas de ataque que não dependem da ação do usuário, como exploração de vulnerabilidades em softwares desatualizados.

Verdade: Manter sistemas e aplicativos sempre atualizados é uma medida crítica de segurança. Além disso, políticas de segurança, gestão de vulnerabilidades e análise constante de riscos são componentes essenciais de uma estratégia robusta.

Cibersegurança: Um Compromisso Coletivo

Cibersegurança não é responsabilidade exclusiva da área de TI ou de especialistas. Ela é um compromisso coletivo que envolve tecnologia, processos e pessoas.

Na AGEPD, acreditamos que informação gera proteção. Por isso, incentivamos a disseminação de conhecimento técnico, aliado a uma linguagem acessível e próxima, para que todos possam compreender seu papel na construção de um ambiente digital mais seguro.

Conclusão

Em tempos de transformação digital acelerada, proteger-se não é uma opção, é uma necessidade. Desmistificar conceitos, entender as verdadeiras ameaças e adotar boas práticas são passos fundamentais para qualquer organização ou indivíduo.

Lembre-se: a segurança perfeita não existe, mas o risco pode (e deve) ser minimizado com estratégias adequadas, atualização constante e muita educação digital.

Conte com a AGEPD para apoiar sua jornada na construção de um ambiente cibernético mais seguro!

Marcelo Oliveira
Especialista em Segurança da Informação e Governança de Dados
AGEPD – Excelência em Proteção de Dados e Cibersegurança

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